Era uma vez uma jaguatirica que sempre desejou viver vivia distante de sua família. Possuia um temperamento afável, mas que era facilmente “tirado de tempo” quando alguém lhe tirava de tempo. Amava e se sentia amado por uma panterinha.
Certo dia, sem esperar, a jaguatirica teve que fazer uma longa viagem para um lugar muito distante. De mochila nas costas, ela empreendeu resoluta seu caminho, sem realmente saber o que lhe esperava, todavia, o que ela esperava na verdade era que tudo desse certo.
E tudo ocorreu como a jaguatirica havia imaginado. Ressalva: nem tudo! Tudo teria sido perfeito se a jaguatirica conseguisse ser mais paciente para com quem lhe ama e quer bem. Cheia de ansiedade e angustiada para, enfim, chegar à sua toca, ela se viu possuída por uma aguda pertubação no juízo, também conhecida por “farnizim”, por causa de uma simples ligação. Só depois é que ligou os fatos com seus atos, e viu o quão anta foi.
E aquilo que a jaguatirica mais temia no mundo aconteceu: uma tirada de tempo daquelas e tristeza no semblante da panterinha. Refletindo em seu semi-leito de morte, lembrou-se do velho Nietzsche, quando este dizia da necessidade de ser esponja para ser amado por corações transbordantes.
Passado o passado, tudo volta a sua ordinariedade odierna. Por fim, a jaguatirica concluiu que existir no mundo implica em ter de lidar com certa tensão. Dependendo da estrutura da criatura essa tensão toma conotação diferente. Ela firmou o compromisso de manter a paciência sempre diante de seus olhos, para o seu próprio bem e para o bem de seu bem.
Certo dia, sem esperar, a jaguatirica teve que fazer uma longa viagem para um lugar muito distante. De mochila nas costas, ela empreendeu resoluta seu caminho, sem realmente saber o que lhe esperava, todavia, o que ela esperava na verdade era que tudo desse certo.
E tudo ocorreu como a jaguatirica havia imaginado. Ressalva: nem tudo! Tudo teria sido perfeito se a jaguatirica conseguisse ser mais paciente para com quem lhe ama e quer bem. Cheia de ansiedade e angustiada para, enfim, chegar à sua toca, ela se viu possuída por uma aguda pertubação no juízo, também conhecida por “farnizim”, por causa de uma simples ligação. Só depois é que ligou os fatos com seus atos, e viu o quão anta foi.
E aquilo que a jaguatirica mais temia no mundo aconteceu: uma tirada de tempo daquelas e tristeza no semblante da panterinha. Refletindo em seu semi-leito de morte, lembrou-se do velho Nietzsche, quando este dizia da necessidade de ser esponja para ser amado por corações transbordantes.
Passado o passado, tudo volta a sua ordinariedade odierna. Por fim, a jaguatirica concluiu que existir no mundo implica em ter de lidar com certa tensão. Dependendo da estrutura da criatura essa tensão toma conotação diferente. Ela firmou o compromisso de manter a paciência sempre diante de seus olhos, para o seu próprio bem e para o bem de seu bem.
Muito bem escrito
ResponderExcluirAcho que é isso.
Parabéns! Que coisa linda. Temos que ser esponjas, Nietzsche desta vez tem razão. O Bob Esponja deve ser a criatura mais amada deste mundo.
ResponderExcluirVida longa para a jaguatirica e para a panterinha.
da série Fábulas fabulosas! Bom demais!!
ResponderExcluirescolher bem as palavras dá uma musicalidade ao texto, e tu faz isso brincado:
ResponderExcluirfacilmente “tirado de tempo” quando alguém lhe tirava de tempo; "estrutura da criatura"; "simples ligação. Só depois é que se ligou"; "para o seu próprio bem e para o bem de seu bem"
"E não adianta alguém querer que não seja assim isso aqui não é o mal e se anula por si só e não adianta ir tentar se esconder, fugir sabedor é quem está amadurece e recebe o presente..." V.M.
ResponderExcluirObrigada!!