42 anos já se passaram, e Thomas Merton (monge americano, poeta e escritor) está mais vivo que nunca. No aniversário de sua páscoa definitiva, presto minha homenagem a esse homem de Deus que revolucionou/revoluciona minha vida. Transcrevo um trecho ilário retirado do seu Diário secular, onde mostra o jovem Merton, com 25 anos de idade, numa cidade do México, Camaguey, assistindo um espetáculo de dança, recheado de muitos números circenses “inesquecíveis”, por serem, na sua opinião, tão ruim e tão horrível de se ver.
"...Por mais que viva, jamais esquecerei, tão ruim que era... Uma das meninas tinha a cara redonda, a outra era realmente gorda, a terceira era magrinha e tinha pernas finas, uma espécie de cara de gato, atraente e bonita. Ela bem sabia que era mais graciosa que as outras. Sem que tivesse havido muitos aplausos, repetiram o numero do principio ao fim, como se já fosse de rotina, como se tivessem de faze-lo duas vezes. Era tão bonito e tão horroroso: para este lado, para aquele lado, volta pra cá, volta pra lá, tan tan tan; no fim davam uma volta e levantavam as saias com leves capinhas, nas pontas dos pés. Ding, ding. O fim.
Fugiram apressadamente do palco. Nunca vi coisa tão horrível, ou tão inesquecível, ou tão fascinante. Não é que dançassem mal. Dançavam até muito bem; mas uma dança tão ruim que dava vontade de chorar, tão ruim e sem sentido! Que mexicanos!
Foi ainda pior, quando a gorducha dentro de novo correndo, vestida com um casaco preto peludo, curto e apertado, de vaqueiro mexicano, tão preto e tão apertado e tão peludo que a fazia assemelhar-se a um enorme rato. Realmente, seus movimentos eram todos de um enorme rato gigantesco e era isso que estava estampado no sorriso que lhe abria a face: “agora você vão ver que eu sou o rato gigante!
Esse numero era realmente mais horrível do que o outro, sem ao menos uma boa dança para compensar a ruindade de toda a concepção. Fiquei duro com essa dança. Quando acabou, poderia ter chorado!"
Fugiram apressadamente do palco. Nunca vi coisa tão horrível, ou tão inesquecível, ou tão fascinante. Não é que dançassem mal. Dançavam até muito bem; mas uma dança tão ruim que dava vontade de chorar, tão ruim e sem sentido! Que mexicanos!
Foi ainda pior, quando a gorducha dentro de novo correndo, vestida com um casaco preto peludo, curto e apertado, de vaqueiro mexicano, tão preto e tão apertado e tão peludo que a fazia assemelhar-se a um enorme rato. Realmente, seus movimentos eram todos de um enorme rato gigantesco e era isso que estava estampado no sorriso que lhe abria a face: “agora você vão ver que eu sou o rato gigante!
Esse numero era realmente mais horrível do que o outro, sem ao menos uma boa dança para compensar a ruindade de toda a concepção. Fiquei duro com essa dança. Quando acabou, poderia ter chorado!"
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