Ao ouvir pela oitava vez no dia uma música que adotei como minha | Go On – Jack Johnson |, e ainda vê-la como fundo numa daquelas matérias de comovente superação do Caldeirão do Huck (iria omitir essa informação, não gosto que as pessoas saibam que eu assisto esse programa), percebi o grande poder psicotrópico e anestésico que ela possui.
Não é o caso de Go On, mas as vezes sou chamado a explicar o porquê da minha preferência por determinadas músicas, tidas como tristes. Nunca consegui verbalizar uma resposta que pudesse agradar meus algozes interlocutores. Considerando minha fraca desenvoltura mnemônica transcendental, acredito que essa postagem sirva como introdução ao entendimento de algo que não sei se saberei explicar (oi?), pois, no fundo no fundo, eu penso que não haja uma resposta, e sim muitas controvérsias entre os curiólogos.
Há músicas que nos atingem de cheio, levando nossos lobos temporais a uivarem. Todas as canções que de alguma forma nos arrancam aquele “eita porra!” já existiam antes mesmo da fundação do mundo, sendo que elas só passaram a fazer parte dos nossos genes na ocasião da nossa concepção. A música fica lá engavetada, numa zona escura da mente, esperando o seu momento de eclodir. Mais cedo ou mais tarde ela se apresenta, deixando seus rastros benfazejos.
A partir daí, é a música que passa a nos ouvir, e nesta audição onde o “quem sou” é sonorizado por acordes suaves, voamos por atmosferas coloridas como pássaros que plainam. A chave para compreensão dessa sensação está aqui: Não somos os pássaros, somos o vôo.
Ainda não entendeu? Pois baixe Go On e voe!
Lobos temporais uivando é ÓTIMO!!! KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK!!!!
ResponderExcluirComo sempre: estupendo!!! Uma miscelânia de profundidade e comicidade!
você é o cara!!!!
Quando eu crescer quero escrever como você.
Alessandro Lima.
sa músicas do Jack Johnson são provocadoras e provocantes!
ResponderExcluirIndependente do ritmo, a música nos leva a lugares diferentes quando deixamos de ouvi-la para senti-la.
ResponderExcluirpodem se configurar como energéticas,meditativas, eufóricas ou patéticas.
Wellington.