"O que a solidão e o silêncio do deserto trazem de utilidade e prazer àqueles que os
ama, somente sabem aqueles que fizeram a experiência"
(São Bruno)
Tenho experimentado nos últimos dias uma certa dose de quietude na rua onde moro, graças a sua interdição, para que os comerciantes armem suas barracas para a festa de São João. Oxalá que o silêncio viesse na sua totalidade, mas tenho que conviver com pequenos pontos comerciais debaixo da minha janela, sem falar as duas vizinhas adolescentes portadoras de deficiência auditiva, coitadas, incapazes de ouvir uma música abaixo dos 80 decibéis (para quem não tem ideia do que venha ser 80 decibéis: algo próximo a uma moto-serra derrubando um oiti centenário, incluindo aí o barulho da queda). À tarde, nos momentos de paz, vejo uma coisa puxar outra: assistir os jogos da copa numa cama macia é sono na certa. No ultimo cochilo acordei com o "boa noite" do Jornal Nacional. Mas o que venho ressaltar na presente postagem é a mudança de percepção das coisas ao redor promovido pelo silêncio. A beleza da bagunça da escrivaninha nunca me foi tão encantadora. Ler e escrever no meio daquele caos se tornou muito prazeroso. Duas obras de Thomas Merton desceram da estante, e eu as devoro quase que simultaneamente sob o olhar atento do chimpanzé estrábico, das corujas anãs e da vaca cara-de-pau. São Francisco? Só na dele!
"O silêncio, foi a primeira coisa que existiu, o silêncio que ninguém ouviu"
ResponderExcluirO silêncio é necessário, sem ele não há comteplação. Aquele que realmente ama, o faz em silêncio, a elequencia do silêncio faz reverberar o eco dos sentimentos contidos num ato.
pow, que cenário!!Tô ouvindo daqui o silêncio apazigu(a)dor!
ResponderExcluirAdolescentes portadoras de deficiência auditiva é ÓTIMO!!!KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK!!!! Rapaz na minha rua, não classifico esse tipo de gente como deficiente auditivo, mas são pessoas mui generosas que dividem tudo que ouvem com os vizinhos, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!!!
ResponderExcluirCara gostei das fotos viu, sua escrivaninha é sui generis, aliás do pouco que conheço de você, creio que sua casa também é sui generis, assim como seu ocupante, que é único, só tem ele e caçe outro!!! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!!!
Alessandro Lima.