9.1.10

Excriptus embriagaticus

O perigo de se ter um computa à mão, mesmo com uma conexão fajuta, bambeando num leve estado de embriaguez, pra não dizer “melado”, representa a libertação dos mais recônditos desvarios. Considerando que a escrita incauta pode denunciar o ambiente interior deste mancebo dos ossinhos mole, proclamo de cima desse meio porre que idealizei por meses essas minhas férias, pois já não agüentava mais minha vida ordinária. Encontro-me agora aqui, diante de ti, ó Sertão de Verso, discorrendo de um fôlego só sobre um não sei o quê, inebriado pela fragrância do perfume do meu irmão, que nesse momento se arruma caprichosamente qual noiva para sair. Minha boca tá seca, vou ali beber não sei quantos litros d’água. Hei de colocar o esqueleto na horizontal, sabendo que vou levantar muitas vezes durante a madrugada em busca do banheiro. A vida tem dessas coisas: tudo que entra, sai; tudo que é vivo, morre; tudo que é, um dia deixa de ser.

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