Fugacidade ou Fuga, cidade?
Se eu não acreditasse na vida, se perdesse a confiança na mulher querida, se perdesse a confiança na ordem das coisas, se me convencesse até de que tudo, ao contrário, é uma desordem, um caos maldito e talvez até demoníaco, mesmo que todos os horrores da frustração humana me atingisse, ainda sim eu teria vontade de viver, e já que trouxe esse cálice aos lábios não o afastaria de mim enquanto não esvaziasse! Pensando bem, lá por volta dos quarenta anos certamente largarei o cálice mesmo sem esvaziá-lo e me afastarei... não sei para onde. Mas até os quarenta anos, disso estou firmemente certo, minha mocidade vencerá tudo – qualquer frustração, qualquer aversão a vida. Muitas vezes fiz a mim mesmo esta pergunta: se existirá no mundo um desespero que vença em mim essa sede frenética e talvez insana de viver, e decidi que tal coisa parece não existir, ou, reiterando, não existe antes dos quarenta anos, porque depois eu mesmo já não vou querer, assim me parece.
eu acho muito radical aos quarenta...
ResponderExcluirNem pense!!! aos quarenta esta sede vai estar ainda maior.
ResponderExcluirAos quarentas tudo fica melhor, talvez até a vontade de viver seja maior, mas quando se tem um amor verdadeiro, a vida passar a ter um significado diferente. Até lá aproveite ao máximo, pois, as experiências serão de suma importância para se ter uma vida feliz, mesmo depois dos quarenta.
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